14 de dezembro de 2009

Centro Náutico de Lisboa, um conceito

Terminou a fase de análise técnica das propostas apresentadas por munícipes à Câmara Municipal de Lisboa. Segundo o calendário do Orçamento Participativo da CML, ocorrerá agora a fase de votação nos projectos admitidos para escolha. Não vejo ainda no portal da CML a indicação sobre quais os projectos que passaram à fase de votação. Na expectativa, passo a expor o conceito inerente à proposta que o PORTUGALPROMAR apresentou.
Assim:
Um Centro Náutico num Município é um equipamento urbano com a mesma importância de um estádio de futebol, um autódromo, um velódromo ou um pavilhão gimnodesportivo. Não deve ser confundido com uma marina. O Centro Náutico de Lisboa deverá ser concebido com capacidade para acolher várias actividades náuticas ligeiras, numa perspectiva “ecuménica”, e deverá ser uma entidade / infra-estrutura dinâmica (por oposição a um grupo de armazéns em que várias entidades ou clubes guardam equipamentos e desenvolvem as suas actividades de forma descoordenada).
Neste conceito de Centro Náutico de Lisboa entende-se por actividades náuticas ligeiras a prática da vela em barcos com patilhão móvel (até 6 ou 7 m de comprimento), a prancha à vela (windsurf), o remo, a canoagem, o mergulho, o ski aquático e a motonáutica em embarcações ligeiras.
Será desejável que o Centro Náutico de Lisboa tenha instalações dedicadas a actividades relacionadas com as embarcações tradicionais do Tejo, que são um património vivo da Cidade de Lisboa (utilização em passeio e regata e museologia).
O mesmo Centro deverá permitir a utilização por parte de entidades públicas e privadas e pelos cidadãos a título individual proporcionando actividades em âmbitos de vária natureza (cursos de vela, de remo, de canoagem, de carpintaria e construção naval, de modelismo naval, actividades culturais e turísticas relacionadas com a náutica, etc.) bem como servir para utilização por cidadãos proprietários de pequenas embarcações de recreio, sem ligação a qualquer instituição.
O Centro deverá ter capacidade para receber eventos desportivos de desportos náuticos e desportos associados e eventos culturais associados com a náutica.
O Centro Náutico de Lisboa não deverá ser um local de mera armazenagem ou estacionamento de embarcações, mas sim um local de actividade permanente. (Cursos, baptismos, visitas de estudo…). Essa é a diferença entre um conjunto de barracões para guardar barcos e um Centro Náutico sob a égide de um Município.

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