Recebi a informação de que nos próximos dias 8 a 12 de Fevereiro, por ocasião da Nauticampo, em Lisboa, numa organização conjunta do Gabinete do Secretário de Estado do Mar, AIP/FIL, Turismo de Portugal, Fórum Empresarial da Economia do Mar e Oceano XXI, vai realizar-se uma série de conferências e seminários de promoção da Náutica em Portugal.
A entrada é livre, mas é necessário fazer-se pré-inscrição até ao próximo dia 3 de Fevereiro no site http://www.fem.pt/Nauticampo2012, uma vez que o número de lugares é limitado.
Acho o programa muito curioso. Diversos dos palestrantes também me despertam a curiosidade, por motivos de ordem vária...
Seria importante que aqueles que verdadeiramente praticam e se interessam pela náutica de recreio em Portugal se inscrevessem e participassem contribuindo assim para que não se trate apenas de mais umas palestras e seminários sobre construção civil em Portugal.
29 de janeiro de 2012
23 de janeiro de 2012
Laura Dekker concluiu a sua volta ao mundo
Laura Dekker concluiu a sua volta ao mundo em solitário, ainda antes de completar 17 anos de idade. Podemos ver notícias sobre o facto em vários sítios. Entre eles aqui. Em várias notícias é identificada como Neo Zelandeza. De facto é Neo Zelandeza porque nasceu para aqueles lados, quando os pais andavam a fazer uma volta ao mundo à vela. Mas é também Holandesa e foi nessa qualidade que mais se ouviu falar dela, a propósito da polémica que as autoridades holandesas levantaram, objectando à sua largada. Largada esta que, conforme estamos recordados, foi mais aqui para os lados da costa sul de Portugal mas que, afinal, acabou por não ser formalmente em Portugal dado que as autoridades portuguesas, deste país que se diz de marinheiros, pretendiam também colocar obstáculos à sua largada. Bem haja Laura Dekker pelo seu feito!
Todavia sou mais fá da australiana Jessica Watson, que acabou em 2010 a sua volta ao mundo em solitário, também antes de completar 17 anos de idade, só que Jessica fez uma circum navegação non stop, o que é um feito bem diferente do "passeio" com escalas de Laura Dekker. Laura explica que está um bocado aborrecida com as autoridades holandesas e que, por isso, se calhar vai para a Nova Zelândia, optando pela cidadania Neo Zelandeza. Se fosse eu, fazia o mesmo. Acho a Nova Zelândia muito mais bonita do que a Holanda e, sobretudo, é um país de marinheiros e de velejadores!
E se fosse em Portugal?? Em Portugal, como sabemos, legalmente só se pode navegar legalmente como patrão de uma embarcação em navegação oceânica com a idade mínima de , imagine-se..., 20 anos!!
Será por Portugal ser um país de marinheiros???
Para não falarmos noutra questão que é a de Laura Dekker, seguramente, não ter utilizado o sextante na sua circum-navegação, sendo que a matéria do curso de patrão de alto mar em Portugal que é feito essencialmente sentado à mesa, numa sala, praticamente, é só navegação astronómica com o sextante!!
Por outro lado, na prática, para se obter uma carta de patrão de alto mar em Portugal e poder-se, legalmente, ir fazer uma volta ao mundo à vela, não é necessário saber-se velejar...
Com efeito, há muitos portadores de carta de patrão de alto mar, que obtiveram as suas cartas licitamente e com excelentes notas no exame, que não sabem velejar.
Acho isto tudo uma delícia...
Todavia sou mais fá da australiana Jessica Watson, que acabou em 2010 a sua volta ao mundo em solitário, também antes de completar 17 anos de idade, só que Jessica fez uma circum navegação non stop, o que é um feito bem diferente do "passeio" com escalas de Laura Dekker. Laura explica que está um bocado aborrecida com as autoridades holandesas e que, por isso, se calhar vai para a Nova Zelândia, optando pela cidadania Neo Zelandeza. Se fosse eu, fazia o mesmo. Acho a Nova Zelândia muito mais bonita do que a Holanda e, sobretudo, é um país de marinheiros e de velejadores!
E se fosse em Portugal?? Em Portugal, como sabemos, legalmente só se pode navegar legalmente como patrão de uma embarcação em navegação oceânica com a idade mínima de , imagine-se..., 20 anos!!
Será por Portugal ser um país de marinheiros???
Para não falarmos noutra questão que é a de Laura Dekker, seguramente, não ter utilizado o sextante na sua circum-navegação, sendo que a matéria do curso de patrão de alto mar em Portugal que é feito essencialmente sentado à mesa, numa sala, praticamente, é só navegação astronómica com o sextante!!
Por outro lado, na prática, para se obter uma carta de patrão de alto mar em Portugal e poder-se, legalmente, ir fazer uma volta ao mundo à vela, não é necessário saber-se velejar...
Com efeito, há muitos portadores de carta de patrão de alto mar, que obtiveram as suas cartas licitamente e com excelentes notas no exame, que não sabem velejar.
Acho isto tudo uma delícia...
9 de janeiro de 2012
Continuação da saga da Federação Portuguesa de Vela
Mariana Lobato, velejadora que integra a tripulação que qualificou recentemente Portugal para participar nos Jogos Olímpicos na categoria de Match Racing Feminino, por via do brilhante 11º lugar obtido em Dezembro de 2011 no campeonato mundial, viu recentemente publicada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Vela a decisão sobre o processo disciplinar que lhe fora movido.
Mais uma vez verifica-se uma acção espectacular, na medida em que aquele douto órgão se posiciona como tendo competências de Ministério Público quando diz que “…da prova resulta bem claro que a arguida Mariana Lobato, atleta sénior portadora da Licença Desportiva 9839, violou as disposições contidas nos artigos 180.º, 181.º e 183.º, todos do Código Penal…”, conforme podemos ver aqui, no sítio da Federação na internet. Enuncia ainda aquele órgão, na sua decisão, uma série de artigos do Regulamento Disciplinar da Federação, que Mariana Lobato teria infringido.
Foi aplicada a Mariana uma pena de suspensão de dois anos da actividade desportiva mas com pena suspensa uma vez que, afinal, a velejadora já faz praticamente parte dos participantes nos próximos Jogos Olímpicos facto que, digo eu, meteu algum respeito ao douto Conselho de Disciplina.
Todavia, não nos esqueçamos de que Gustavo Lima, também na procura de um lugar para Londres 2012, está analogamente a ser alvo de processo disciplinar. Aguardo a decisão com expectativa. Terá Gustavo Lima também infringido o Código Penal Português? (Nos meus escassos conhecimentos de leis eu pensava que estas coisas se decidiam nos tribunais, mas pelos vistos não, o Conselho de Disciplina da FPV também tem competência para julgar e produzir sentenças no âmbito do Código Penal…). Irá Gustavo Lima ser suspenso também por um largo período? Mas, no caso de Gustavo, o Conselho de Disciplina não tem o mesmo alibi para lhe aplicar “pena suspensa” (Gustavo Lima não tem ainda assegurada a sua participação nos próximos Jogos Olímpicos). Será que vai suspendê-lo, interrompendo-lhe assim a carreira de velejador internacional ao mais alto nível?
Aguardemos os próximos episódios.
Mais uma vez verifica-se uma acção espectacular, na medida em que aquele douto órgão se posiciona como tendo competências de Ministério Público quando diz que “…da prova resulta bem claro que a arguida Mariana Lobato, atleta sénior portadora da Licença Desportiva 9839, violou as disposições contidas nos artigos 180.º, 181.º e 183.º, todos do Código Penal…”, conforme podemos ver aqui, no sítio da Federação na internet. Enuncia ainda aquele órgão, na sua decisão, uma série de artigos do Regulamento Disciplinar da Federação, que Mariana Lobato teria infringido.
Foi aplicada a Mariana uma pena de suspensão de dois anos da actividade desportiva mas com pena suspensa uma vez que, afinal, a velejadora já faz praticamente parte dos participantes nos próximos Jogos Olímpicos facto que, digo eu, meteu algum respeito ao douto Conselho de Disciplina.
Todavia, não nos esqueçamos de que Gustavo Lima, também na procura de um lugar para Londres 2012, está analogamente a ser alvo de processo disciplinar. Aguardo a decisão com expectativa. Terá Gustavo Lima também infringido o Código Penal Português? (Nos meus escassos conhecimentos de leis eu pensava que estas coisas se decidiam nos tribunais, mas pelos vistos não, o Conselho de Disciplina da FPV também tem competência para julgar e produzir sentenças no âmbito do Código Penal…). Irá Gustavo Lima ser suspenso também por um largo período? Mas, no caso de Gustavo, o Conselho de Disciplina não tem o mesmo alibi para lhe aplicar “pena suspensa” (Gustavo Lima não tem ainda assegurada a sua participação nos próximos Jogos Olímpicos). Será que vai suspendê-lo, interrompendo-lhe assim a carreira de velejador internacional ao mais alto nível?
Aguardemos os próximos episódios.
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