A legislação portuguesa determinou, em Dezembro de 2008, um prazo para todas as federações desportivas nacionais modificarem os seus Estatutos, prazo que terminou no passado dia 26 de Julho de 2009. Os actuais corpos sociais da Federação Portuguesa de Vela tardiamente, no dia 25 de Julho, realizaram uma Assembleia Geral, não tendo a proposta de alteração de estatutos apresentada pela Direcção merecido aprovação. (Ver o meu “post” de 28 de Julho de 2009). Em consequência, a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto ordenou ao IDP a realização de um inquérito à Federação Portuguesa de Vela (Ver o meu “post” de 14 de Agosto).
Agora, no passado dia 2 de Outubro, véspera de um fim de semana prolongado, realizou-se em Leixões mais uma reunião da A.G. da dita Federação, para efeitos de modificação dos estatutos. O Presidente da Mesa da A.G. da Federação Portuguesa de Vela protagonizando mais uma tentativa de perpetuar, de uma forma encapotada, o “status quo” que a legislação desportiva nacional pretende eliminar, convocou a reunião para uma data e para um local adequados para desmobilizar a participação de delegados. Foi a primeira vez, desde que há memória, que uma A.G. da Federação foi realizada fora da zona da sua sede (Lisboa). Além de desmobilizar, impediu a participação de delegados presentes (figuras bem conhecidas da vela nacional) alegando motivos incompreensíveis.
Mais uma vez a proposta de alteração de Estatutos apresentada pela Direcção não foi aprovada.
Persiste assim a disfuncionalidade que existe naquela Assembleia desde 1992. E porque não terá sido aprovada a proposta apresentada pela Direcção? Precisamente porque visa a continuação da disfuncionalidade. Foi também rejeitada pela Assembleia uma proposta alternativa apresentada por um conjunto significativo de sócios. Porque foi rejeitada esta proposta? Precisamente porque a actual Assembleia sofre de disfuncionalidade…
Definitivamente, a Federação Portuguesa de Vela está a tornar-se um caso de estudo muito interessante no universo das federações desportivas nacionais. Muito mais interessante do que o caso da Federação Portuguesa de Futebol. Pena é que a vela portuguesa saia prejudicada.
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Completando a informação sobre este tema, acrescente-se que a mesa da Assembleia Geral, presidida por Marius França Pereira, resolveu nessa mesma Assembleia, modificar os seus critérios de aceitação das credenciais dos sócios.
ResponderEliminarAssim, não aceitou as credenciais de vários sócios da FPV, procurando, podssivelmente, diminuir o nº de votos contra a proposta da FPV.
Com esta sua atitude, felizmente inédita na história desta modalidade, compeliu sócios a alterarem a sua intenção de voto, por não se reverem nas atitudes da mesa.
Nesta data, já deu entrada um recurso ao Conselho Jurisdicional da FPV, sobre a decisão de não aceitação da credencial apresentada pelo Presidente do Conselho Director do Clube Naval de Lisboa, Clube Centenário e fundador da FPV.