No dia 14 de Junho a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) estabeleceram um protocolo que consta de dois documentos.
O primeiro estabelece as condições de transferência para o domínio público do Município de Lisboa de diversas áreas sem utilização portuária até agora sob jurisdição do domínio público marítimo e da APL.
O segundo fixa orientações para a cooperação institucional entre a APL e a CML, para a partilha de uma gestão integrada de áreas como a Doca de Pedrouços e as zonas de Santos e da Doca do Poço do Bispo.
Ora, o primeiro documento não diz seguramente respeito aos portugueses e lisboetas que porventura sintam interesse pelas coisas do mar e, sobretudo, que sintam necessidade de aceder ao mar. Vai com certeza a CML, “obrar” naquelas zonas da margem do Tejo como vem sendo habitual em outras autarquias em situações semelhantes. Relvados, passeios pedonais, pistas para bicicletas, esplanadas, restaurantes, instalações hoteleiras, etc., enfim, estruturas que não têm nada a ver com o acesso ao plano de água mas apenas com a sua contemplação passiva.
Já o segundo documento poderia, esse sim, ter a ver com a instalação e possibilidade de utilização por parte do cidadão contribuinte, de infra-estruturas permitindo o acesso ao rio e ao mar na verdadeira acepção da palavra. Acesso este quase inexistente em Lisboa.
Já o aqui dissemos mais do que uma vez:
As zonas mais adequadas para instalação de um centro náutico que Lisboa merece e de que muito necessita situam-se, precisamente, em Santos e em Pedrouços.
Será que é desta ?
Tenho muitas dúvidas… nem José Sócrates e António Costa são homens do mar nem Natércia Cabral é uma mulher do mar…
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