Sabemos que há duas semanas naufragou uma embarcação de recreio que saíra da barra de Aveiro para uma jornada de pesca desportiva. Cinco a bordo. Apenas um sobrevivente, Paulo Teixeira, de 37 anos de idade.
Vimos e ouvimos a trágica notícia, várias vezes, em toda a imprensa portuguesa de grande circulação (falada, escrita, televisiva…)
Os homens (e as mulheres) do mar, portugueses (sim, ainda existem alguns….) para além de lamentarem o sucedido, interrogam-se sobre o que terá efectivamente ocorrido. É natural…sempre foi assim e sempre assim será… tentar saber como aconteceu, para melhor evitarmos que aconteça connosco…
Todavia, de todas as notícias a que tive acesso, nada explicava o que aconteceu, enfim… como ocorreu o naufrágio… a que é que se deveu…
Hoje li um artigo de página inteira no jornal “O Público” em que a jornalista (Maria José Santana) faz um trabalho “poético” com uma entrevista ao único sobrevivente, intitulando a peça “Acreditei sempre que iria ser salvo”.
Relato, na primeira pessoa, sobre as 19 horas passadas agarrado à balsa (ou era uma bóia?... nem isso se percebeu nas notícias...). Relato sobre a promessa à Senhora de Fátima. Relato sobre como viu parceiros morrerem. Relato sobre o barco de pescadores profissionais que o resgatou. Declaração de que nunca mais irá ao mar…
Tudo isto me merece o máximo respeito.
Mas, o que efectivamente me interessaria saber (não por prazer, como é óbvio) é:
- A que é que se deveu o naufrágio, concretamente?
O Paulo Teixeira não saberá dizer-nos??
É que, das notícias, ou deste relato dele, nada ficámos a saber…
Características da embarcação? Onde e como ocorreu efectivamente o naufrágio? A que se deveu exactamente?
5 de julho de 2010
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Tive exactamente as mesmas dúvidas e também procurei saber o que realmente teria acontecido. Não sei se a Nortada estava forte mas pelas imagens do dia seguinte o mar estava calmo na zona.
ResponderEliminarComo é costume, o rigor das notícias e o que teria de pedagógico não interessa. A ignorância dos jornalistas em todos os assuntos dos quais sabemos um pouco, é gritante. Como dizia em tempos um jornalista que conheci, só é notícia se houver desgraça ou prejuízo. A felicidade não vende jornais...
João G. Marques