Já lá vai o tempo em que havia ostras no estuário do Tejo.
Ainda me lembro delas... Das melhores do mundo...Agora ainda se conseguem ver algumas cascas, ali para os lados de Alcochete...
Também me lembro bem de me cruzar com golfinhos no Tejo (até para montante de Vila Franca de Xira, inclusivé)quando me iniciei na vela,no início dos anos sessenta do século passado. Aliás, acontecia avistá-los numa simples travessia de cacilheiro Lisboa-Cacilhas ou Lisboa-Barreiro...
Os últimos golfinhos que por ali avistei foi na zona de Belém no início da década de noventa...
A que propósito vem esta conversa???
Vem a propósito da recente entrada em funcionamento do novo sistema de tratamentos de esgotos de Lisboa que faz com que os dejectos de mais de 120000 casas que até agora eram lançados directamente no rio, sejam tratados pela ETAR de Alcântara. Trata-se sobretudo de casas da zona antiga da cidade cuja rede de esgotos era ainda do tempo do famoso Marquês...
Seguramente que todas as comunidades que utilizam o estuário (comunidades humanas e de outros seres vivos...) vão beneficiar grandemente com este feito, que já devia ter ocorrido há décadas.
Aumentou, com certeza, a probabilidade de voltarmos a avistar golfinhos no Tejo. Talvez este pudesse até passar a ser um dos grandes objectivos políticos para os autarcas das margens do rio. Ou talvez sermos ainda mais ambiciosos e estabelecer como objectivo voltar a ter (e cultivar) as famosas ostras portuguesas no Estuário do Tejo.
19 de janeiro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário