Num texto que publiquei aqui no dia 14 de Maio de 2009, intitulado “Confraria das Federações Náuticas” referi-me a dez federações desportivas nacionais respeitantes a modalidades náuticas. Não fiz referência a nenhuma Federação Portuguesa de Kitesurf ou Federação Nacional de Kitesurf (ou de Kiteboard). Tal facto deve-se à não existência de uma federação nacional que abranja esta modalidade, reconhecida pela tutela como tal, com o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva. (As dez federações que referi têm o estatuto de Utilidade Pública Desportiva).
Não quer isto dizer que não existam praticantes de kitesurf no país. Eles existem e são vistos nas praias de todas as costas nacionais. E ninguém terá dúvidas de que se trata de um desporto náutico. Por outro lado já existe alguma controvérsia quanto a definir-se onde é que “encaixa” esta modalidade sob o ponto de vista da orgânica desportiva nacional. Inclusivamente já houve quem sustentasse que se trata de uma modalidade do âmbito da Federação Portuguesa de Voo Livre.
Ora o “Kite” ou “papagaio”, se quisermos falar português, é utilizado desde longa data como meio de propulsão de uma embarcação utilizando a energia do vento. Desde Kayaks e pranchas que fizeram travessias oceânicas, até navios mercantes que actualmente o utilizam na sua actividade normal de transportes intercontinentais.
Estamos, portanto, a falar de VELA. Deste modo, nem que seja pela simples ordem lógica das coisas, se um destes dias se tratar de o Kitesurf ter enquadramento federativo nacional, pela natureza da actividade e pelo meio em que se realiza, esse enquadramento deveria ser na Federação Portuguesa de Vela. Vêm à memória análogas dúvidas em relação ao “windsurf” ou “prancha à vela”, no início da década de setenta do século passado. A prancha à vela ficou enquadrada pela Federação Portuguesa de Vela e, a partir daí, não houve qualquer controvérsia.
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