A última reunião da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Vela realizou-se no passado dia 2 de Outubro, em Leixões. Tratou-se de um acontecimento inédito, e não me estou a referir ao modo como decorreram os trabalhos ou, noutra perspectiva, ao modo como não decorreram …
Não há memória, desde a fundação da Federação em 1927, da realização de uma Assembleia fora da zona de Lisboa, onde sempre se situou a sede desta instituição. Certos juristas abalizados poderão dizer que as reuniões da A.G., de acordo com os Estatutos atuais, se podem realizar em qualquer local do território nacional. Também é certo que outros juristas não menos abalizados dirão que a boa prática, nestes casos, é as reuniões de Assembleias Gerais se realizarem na sede ou, no caso de inviabilidade pelas condições da mesma, em local próximo.
Tendo o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Vela tomado esta iniciativa inédita, não explicitou na convocatória os motivos da mesma, nem os motivos para não convocar a reunião para a zona de Lisboa, nem os motivos da convocação para Leixões. Podem elaborar-se diversas teorias explicativas, incluindo a teoria da “descentralização”, seja lá o que isso for. Aliás, esta teoria da “descentralização” é uma teoria que diversos dirigentes desportivos da vela portuguesa gostam de evocar, entre eles os atuais dirigentes da Federação.
Assumindo esta teoria, ocorre-me que o local ideal para a realização da próxima A.G. da Federação Portuguesa de Vela, que o Presidente da Mesa deverá convocar dentro em breve, seria o arquipélago dos Açores. Mais concretamente a Ilha das Flores e designadamente, a Fajã Grande. Isto sim, isto é que seria verdadeiramente “descentralizar”, dado que se trata do ponto mais ocidental da Europa, aliás um local belíssimo que conheço muito bem, tal como toda a ilha.
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