Pelo que se ouve entre a gente do mar, existe um projecto de instalação de uma estrutura de aquicultura na baía de Cascais. O assunto, pelo que me é dado observar, é também alvo da atenção da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD), do Instituto do Desporto de Portugal (IDP) e da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM). Recentemente, durante o III Seminário Internacional de Náutica de Recreio e Desenvolvimento Local, Miguel Sequeira, (responsável pela EMAM) abordou o assunto referindo que haveria que ponderar a viabilidade da execução do projecto uma vez que o mesmo poderia prejudicar ou inviabilizar a realização de regatas naquela baía.
Regozijo-me pelo facto de estas três instituições surgirem preocupadas com a prática da náutica de recreio, neste caso mais concretamente com a vela de competição. Do que tenho ouvido, quase que se poderia concluir que o projecto não é pertinente pelo prejuízo ou transtorno provocado aos velejadores. Ora, o mar é muito vasto e são conhecidos diversos locais por este mundo onde a náutica de recreio, a vela de competição e a aquicultura coexistem pacífica e harmoniosamente. Muito provavelmente também poderá ser assim em Cascais. Tenho dúvidas de que esteja na mente dos velejadores “inviabilizar” o projecto. Importaria então, desde já, atendendo à importância do envolvimento da sociedade local (responsabilização, participação, democraticidade…) saber-se da opinião daqueles que já estão praticamente a ser apontados como “protagonistas”, isto é, os velejadores. E, no caso, qual é a instituição que reúne os velejadores? O Clube Naval de Cascais, evidentemente.
30 de maio de 2009
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