Para que Portugal seja um país de gente do mar no século XXI e seguintes é, evidentemente, necessário que os seus cidadãos sejam homens e mulheres do mar.
Para os portugueses e portuguesas serem homens e mulheres do mar actuantes, é necessário que sejam homens e mulheres aptos a viver o mar, não só como portadores de cultura e vivência desse Meio, mas como actores.
Torna-se-me evidente a necessidade de o cidadão português saber nadar desde a mais tenra idade, se queremos que Portugal seja uma nação de gente do mar nos dias de hoje e no futuro.
Tudo indica que D. Henrique “O Navegador”, cuja vivência como “homem do mar” consistiu em quatro travessias em barco à vela como passageiro (duas idas e duas vindas) da Península Ibérica para o Norte de África, não sabia nadar. E Vasco da Gama, saberia nadar?
Talvez não importe muito especular agora sobre as capacidades daqueles dois notáveis cidadãos portugueses, no respeitante à sua adaptação ao Meio aquático. Talvez não importe muito especular sobre as suas características de homens do mar, na época em que viveram.
Todavia eu diria que, na perspectiva da actual Estratégia Nacional para o Mar, se torna imperioso criar e garantir a existência de condições para que todo o jovem português tenha facilitada a possibilidade de aprender a nadar, no âmbito da escolaridade mínima obrigatória.
Aliás, não basta que seja no âmbito da escolaridade mínima obrigatória, dado que esta já vai até aos dezoito anos de idade (12º ano de escolaridade). Importa que seja no primeiro ciclo do ensino básico. Afinal, qual é a percentagem de portugueses que sabem nadar desde os dez anos de idade?
11 de maio de 2009
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