2 de março de 2010

O Centro Náutico de Lisboa e a Volvo Ocean Race

Ontem, 1 de Março, foi apresentado em cerimónia pública no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, o protocolo que garante que a próxima edição da regata à volta do mundo por etapas, a Volvo Ocean Race, tenha uma escala em Lisboa, em Junho de 2012.
Trata-se de uma organização conjunta da Câmara Municipal de Lisboa e da João Lagos Sports, assegurada através de uma parceria público-privada entre o Governo, através do Turismo de Portugal, a Câmara Municipal de Lisboa, através da Associação de Turismo de Lisboa, e a João Lagos Sports.
O Presidente da Câmara disse que “a participação da cidade será aproveitada para requalificar a frente-rio na zona da Doca de Pedrouços, atribuindo-lhe uma nova centralidade ribeirinha”
Está tudo muito bem. É pena é que a dita “centralidade ribeirinha” tenha já uma grande parte do seu espaço ocupado pela edifício do Centro de Investigação da Fundação Champalimaud, (ver o post de 17 de Abril de 2009)que bem podia ter sido construído noutra zona que não esta da Doca de Pedrouços que é a única (em conjunto com a zona de Santos, como já referi anteriormente) que resta à cidade de Lisboa para ter as instalações náuticas desportivas que há muito tempo a capital merece.

Será importante que a dita “nova centralidade ribeirinha” não se traduza apenas na instalação de uma marina com o respectivo investimento imobiliário em torno.
Recordo aqui uma parte daquilo que entendo dever ser o caderno de encargos de uma estrutura como a que vai nascer (ver o post de 14 de Dezembro passado):

Um Centro Náutico num Município é um equipamento urbano com a mesma importância de um estádio de futebol, um autódromo, um velódromo ou um pavilhão gimnodesportivo. Não deve ser confundido com uma marina. O Centro Náutico de Lisboa deverá ser concebido com capacidade para acolher várias actividades náuticas ligeiras, numa perspectiva “ecuménica”…

Voltarei a este assunto. Repare-se, por exemplo, que a Doca de Pedrouços não tem rampa de varadouro e será determinante que o Centro Náutico de Lisboa tenha uma grande rampa de varadouro, com uma área de parqueamento adjacente, para embarcações ligeiras.

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