24 de julho de 2012

Tall Ships Races 2012

No passado Domingo, dia 22 de Julho realizou-se em Lisboa, no Tejo, a largada / desfile dos barcos participantes na Tall Ships Race 2012, para a etapa Lisboa - Cádiz. Recordo-me de em anteriores passagens desta regata por Lisboa ter ido ver a coisa ao vivo. Desta vez decidi ficar em casa e ver na televisão, com a ideia de que, muitas vezes, vemos imagens nas reportagens televisivas que são mais interessantes do que o que se observa quando se está a ver o evento ao vivo. Ora, fiquei a ver navios, como se costuma dizer desde que D. João VI e a sua corte embarcaram para o Brasil no mesmo local em que se realizou a largada desta regata. De facto, não vi nada, nem nos telejornais das 13:00 horas, anunciando que o evento ia acontecer, nem durante a tarde, a partir das 14:00 horas, quando a coisa ocorreu. Nos telejornais da noite também, com grande surpresa e indignação, constatei que nada apareceu.No dia seguinte (ontem) também nada... Porque será que acontecem estas coisas neste país que certos personagens insistem em dizer que é um país de marinheiros??

20 de julho de 2012

A Costa dos Tesouros


Mónica Bello é jornalista. Iniciou-se na prática do mergulho, tornando-se uma mulher do mar, após um trabalho jornalístico que realizou em 1997 sobre as escavações subaquáticas da nau "Nossa Senhora dos Mártires" que naufragou em 1606 na barra do Tejo, junto a S.Julião da Barra.
E em boa hora se iniciou no mergulho porque, não fora isso e não teria eu na minha biblioteca esta excelente obra que muito nos dá a saber sobre o riquíssimo espólio arqueológico submerso em águas portuguesas, além de também se constituir como um trabalho muito actualizado sobre a situação do património arqueológico subaquático a nível mundial.São 430 páginas, com muitas ilustrações e fotos. Edição de Fevereiro de 2012 da Círculo de Leitores - Temas e Debates.

18 de julho de 2012

Aprender a velejar - Guia de iniciação

"Aprender a velejar - Guia de iniciação" da autoria de Steve Sleight é um pequeno livrinho (53 páginas) editado pela Sete Mares (o meu é de uma edição de 2009) que poderia muito bem ser o guia recomendado pelas escolas de vela portuguesas a todos os candidatos à iniciação na arte de velejar. Aliás o livro é recomendado pela Federação Portuguesa de Vela, conforme se lê na capa.
Curiosamente, no entanto, na livraria "on line" que aquela Federação tem (ver no seu "site" www.fpvela.pt, no botão "publicações" e depois em "livraria") , o livro não aparece ali na lista de obras à venda. Facto muito curioso, deveras, quando ali se encontram outras obras publicadas pela mesma Editora que não têm, como esta tem, a nota de "recomendado pela Federação Portuguesa de Vela".
Enfim, mais um pequeníssimo episódio na saga desta Federação. Tenho uma teoria explicativa para este pequeno episódio, que é a seguinte: os principais responsáveis nos actuais órgãos sociais estarão mais motivados para questões relacionadas com construção civil e outros géneros de negócios correlacionados do que propriamente com a causa do desenvolvimento da vela em Portugal.

17 de julho de 2012

A memória dos bacalhoeiros - Uma contribuição para a sua história

" A Memória dos Bacalhoeiros - Uma contribuição para a sua História ", publicado pela Editorial Presença (neste caso edição de 1999), é uma obra da autoria de António Marques da Silva. Não é um romance, como se torna evidente pelo título do livro, mas sim um relato feito por alguém que sabe do que fala, porque viveu as situações, dado que António Marques da Silva foi comandante do Gazela Primeiro desde 1958 até 1964. Leitura muito interessante para quem estiver interessado em ter uma noção do que era a pesca do bacalhau feita pelos portugueses nos bancos da Terra Nova. O livro está ilustrado com muitas fotos da época. Se lermos também a obra de Alan Villiers (que apresentei aqui num post em 24 de Maio de 2009) relatando uma campanha no Argus, ficamos já com uma noção muito completa do que era a Faina Maior.

13 de julho de 2012

História da Vela em Cascais

"História da Vela em Cascais, da primeira regata à internacionalização" da autoria de João Miguel Henriques, Olga Bettencourt e Teresa Ramirez, foi publicado em 2007, um pouco antes da realização dos Mundiais de Vela de Classes Olímpicas que occorreram naquele ano em Cascais.
Publicação das Edições INAPA, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
Trata-se de uma obra muito interessante para quem procurar saber sobre a génese da prática dos desportos náuticos em Portugal. De facto, neste livro não se trata apenas da história da vela em Cascais, mas da história de vários desportos náuticos em Portugal e, especialmente, na zona de Lisboa e de Cascais que foi onde a sua prática realmente se iniciou no nosso país. Um aspecto, entre muitos outros, que se torna evidente ao lermos este livro é o facto de o Clube Naval de Lisboa (na época o Real Club Naval de Lisboa) ter sido um dos "progenitores" do Clube Naval de Cascais, se não o principal. Na actualidade, curiosamente, o Clube Naval de Cascais é o maior clube de vela português, enquanto o Clube Naval de Lisboa, com um escassíssimo número de praticantes e em instalações degradadas, luta pela sua não extinção. São as voltas que a História dá...

11 de julho de 2012

Fernão de Magalhães, a primeira viagem à volta do mundo...

"Fernão de Magalhães, a primeira viagem à volta do mundo contada pelos que nela participaram", editado pelas "Publicações Europa-América" é afinal um conjunto de seis relatos da viagem feitos por participantes nela, entre eles o "jornalista" oficial de serviço António de Pigafetta. Na minha opinião, quem estiver interessado em compreender a viagem de Fernão de Magalhães, deverá ler primeiramente a obra que apresentei aqui no meu "post" de 19 de Junho de 2012. Lendo só os relatos históricos constantes nesta obra da Europa-América ficamos com uma visão demasiado restrita da coisa.
E, já agora, uma curiosidade a reter:
O primeiro homem a fazer uma viagem de circum-navegação, que se saiba, não foi evidentemente Fernão de Magalhães, que foi morto antes de a concluir. Foi Henrique, um escravo de Fernão de Magalhães...