3 de junho de 2009

Democraticidade e disfuncionalidade

Num “post” que publiquei no passado dia 26 de Maio, referi-me à necessidade de as federações desportivas nacionais produzirem novos estatutos até 26 de Julho de 2009 a fim de se adaptarem ao novo regime jurídico que as enquadra. Referi também o bom exemplo da Federação Portuguesa de Canoagem que logo em Janeiro do corrente ano adaptou os seus estatutos.
Diversas federações de desportos náuticos estão actualmente a trabalhar no assunto, entre elas a Federação Portuguesa de Vela (FPV) cuja Direcção divulgou agora na internet um projecto para os necessários novos estatutos.
A FPV tem sofrido de uma disfuncionalidade orgânica interna desde o início dos anos 90 do século passado que consiste no facto de, na sua Assembleia Geral, votarem simultaneamente os clubes e os agrupamentos de clubes de que aqueles são obrigatoriamente sócios. Assim, os agrupamentos de clubes não têm representado eficazmente os seus membros na Assembleia Geral uma vez que estes, per si, votam simultaneamente na mesma Assembleia.
As federações desportivas nacionais de desportos náuticos têm um papel determinante a desempenhar no âmbito da Estratégia Nacional para o Mar e a responsabilização e participação democrática da sociedade civil são, evidentemente, factores determinantes no êxito desta estratégia. Estamos assim num momento importante no respeitante à potenciação de sinergias nas federações náuticas, quando o objectivo é levar Portugal para o mar.
Pena é que o referido projecto de actualização dos estatutos da FPV se situe de forma retrógrada neste contexto quando pretende dar continuidade, sob nova forma, à disfuncionalidade que referi.

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