1 de junho de 2009

Novos obstáculos no acesso ao Tejo

A Administração do Porto de Lisboa (APL) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) firmaram em 22 de Setembro de 2008 um protocolo para a implementação de uma pista ciclável ribeirinha com cerca de 7,5 Km de extensão, entre a Torre de Belém e o Cais do Sodré, estando o custo desta infra-estrutura orçado em cerca de 650.000 euros. A APL assumirá metade do custo. A APL compromete-se ainda a suportar os custos dos projectos dos dois troços relativos às pontes pedonais e cicláveis sobre as entradas das docas de recreio do Bom Sucesso e de Belém, a executar no prazo máximo de dois anos a partir da assinatura do protocolo, cabendo ainda à APL suportar em 50% as despesas inerentes à manutenção desta infra-estrutura, sempre que ambas as partes reconheçam a necessidade da sua realização.
Esta não é, evidentemente, uma infra-estrutura destinada a levar os lisboetas para o Tejo. É, precisamente ao contrário, uma infra-estrutura destinada a dificultar o acesso dos lisboetas ao rio e ao mar, dado que as embarcações de recreio a nado naquelas duas docas terão o acesso ao rio condicionado pelas pontes pedonais construídas sobre as entradas das docas. Caso se trate de pontes fixas, os veleiros não poderão continuar a utilizar aquelas docas. Caso se trate de pontes móveis (o que não faria sentido) veleiros (e não só) passarão a ter o acesso sujeito a horários.
Assim, faço votos para que a construção da infra-estrutura em questão não se concretize, o que até nem seria inédito, dado que todos conhecemos projectos anunciados e nunca realizados.

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